Na idade de Lobito, dos 6 aos 10 anos, o importante é brincar com os outros, no meio da alegria e da imaginação. O Lobito gosta de inventar jogos, gosta de brincar, de coleccionar toda a espécie de coisas. A sua curiosidade é inexcedível.
O Escutismo propõe-lhe "Caçadas" apaixonantes em torno de interesses comuns, apoiadas por contos e lendas conhecidos. Esta secção tem as suas leis e máximas, que mais nenhuma secção tem. Os lobitos trabalham e aprendem com base na história do livro da selva, tendo os elementos nomes relacionados com o mesmo.
O imaginário desta secção desenvolve-se em torno da história do "Livro da Selva", onde as crianças, aqui denominadas Lobitos, têm a sua iniciação na vida escutista como membros de uma verdadeira e unida alcateia. Aqui partilham novas experiências com os seus companheiros e são acompanhadas pelos dirigentes que tomam o papel de outros personagens da mesma história, como por exemplo a "Aquelá", companheira de aventura que os protege de todos os perigos. Dentro do espírito da Secção devem praticar-se nas Alcateias o Grande Uivo e os Círculos de Conselho e de Parada.
Os símbolos da alcateia são imagens que representam para nós o mundo da selva e do lobitismo e, por isso, são imagens que nos identificam e com as quais nos identificamos.
O Grande Uivo é o grito de reunião da Alcateia. Ele é a representação de tudo o que é importante na Alcateia, desde os lobos e as suas características passando pelas personagens de O Livro da Selva, até à promessa do Lobito. Faz-se sempre que há acontecimentos importantes e se quer agradecer a presença de alguém.
A Vara Totem é uma vara que tem na ponta uma cabeça de lobo que pode ser esculpida em madeira ou em qualquer outo material. A Vara Totem de uma Alcateia deve contar a história da Alcateia, ou seja, ela deve ter marcas que identifiquem os Lobitos e os seus Chefes bem como as actividades da Alcateia.
O Sol é o símbolo da luz, do calor, de Deus e da alegria.
É o local de reunião da Alcateia, nele se tomam todas as decisões importantes e todas elas são partilhadas com toda a Alcateia. É um local de decisão, de responsabilidade e de partilha.
A Selva, a vida ao ar livre é o símbolo da aventura e do mistério. Quando vivemos na natureza, ao ar livre, somos mais uma peça neste grande puzzle que é o Planeta Terra.
O Lobo é para nós Lobitos o símbolo da responsabilidade e da liberdade, ele representa todo o Povo Livre e a forma como ele se comporta na Selva. É um Lobo astuto e atento, dócil e amigo, corajoso e caçador que todos queremos ser.
A saudação dos Lobitos representa as orelhas de um lobo quando está com atenção, e os dois artigos da Lei do Lobito. A posição do polegar sobre o anelar e o mindinho tem o mesmo significado que na saudação do resto dos escuteiros, o mais forte protege sempre o mais fraco.
Amarelo, cor do sol dourado, da alegria e símbolo de Jesus Cristo nosso Amigo que nos ilumina e nos ajuda a crescer.
O Escutismo deve ser vivido como um “jogo”. Como tal, há
regras também no Escutismo, que te ajudam a delinear o teu caminho e
a “jogar” de forma igual e justa, para ti e para todos os que
jogam contigo. Nesse jogo podes completar 4 etapas de progresso e em cada
uma das etapas deves crescer Física, Intelectual, Social, Afectiva,
Espiritualmente e ao nível do Carácter.
Por cada etapa que completes, recebes o teu "prémio",
ou seja, tens direito a acrescentar na manga da tua camisa uma ensignia
de progresso referente a nova etapa que concluis-te.
‘Pata-Tenra’ é o lobito que mal sabe andar e que nem caça, por não ter ainda forças nas suas patas. É aquele que precisa de ajuda para descobrir e compreender as primeiras leis e os primeiros segredos da selva, porque tem tudo para aprender. Precisa, assim, dos Velhos Lobos e dos lobitos mais velhos para crescer em alcateia e se tornar um bom lobito
Nesta etapa, encontramos um lobito que, embora já saiba andar, ainda tem um longo caminho pela frente, nem sempre fácil de percorrer. Para o conseguir, vai precisar de toda a sua valentia e da ajuda da Alcateia.
Já mais crescido, o lobito começa agora a ser capaz de ser amável e paciente para com os mais novos, os Patas-Tenras acabados de chegar e que precisam de ser ajudados. Nesta etapa, deve mostrar-se alegre, respeitador, simpático e ajudar a zelar por todos e pelo bem da Alcateia.
Na última etapa, o lobito já cresceu: está cheio de vida e no máximo das suas capacidades. Já é capaz, assim, de uivar tal como Àquêlá, com cuja idade e experiência aprende a ser melhor. Compete-lhe agora, neste âmbito, ser um exemplo para os outros: um lobo amigo domina a sua vontade e os seus sentimentos e cumpre a Lei da Alcateia e a sua Promessa (escuta Àquêlá, pensa primeiro nos seus semelhantes e é amigo de Jesus, amando os outros).
A Lei do lobito é o código que o lobito, ao realizar a sua Promessa, decide voluntariamente cumprir. Também a lei do lobito se baseia no imaginário desta secção.
Aquelá, o velho Lobo solitário tinha sempre bons conselhos para dar ao Maugli e ao Povo Livre. Como eles devemos ouvir os conselhos dos nossos chefes porque têm mais experiência.
Na Selva, Maugli achou graça aos Banderlogues, o povo sem lei. Em vez de ouvir os conselhos de Balú seguiu-os e acabou por ser raptado por eles e meter-se a ele e aos amigos em sarilhos. Devemos sempre teimar com a voz que ouvimos e que nos chama a fazer coisas sem pensar.
A Lei do lobito é o código que o lobito, ao realizar a sua Promessa, decide voluntariamente cumprir. E tal, também a lei do lobito se baseia no imaginário desta secção.
Devemos pensar primeiro nos outros e só depois em nós, porque os outros são nossos amigos e nossos irmãos. Podem precisar de nós e da nossa ajuda e se não estivermos atentos não percebemos. Antes de fazermos alguma coisa que nos dá muito gosto devemos pensar se essa mesma coisa não vai magoar os outros.
A Baguera e o Balu ensinaram o Maugli a estar sempre atento para seguir pistas e se tornar num verdadeiro lobo. Ver e ouvir é muito importante para estarmos atentos a tudo, nos jogos, nas actividades, nas celebrações, na nossa vida e a todos os que nos rodeiam.
Devemos sempre proteger o nosso corpo, e para o proteger devemos ser asseados, devemos lavar os dentes, tomar banho e ter sempre a nossa roupa limpa e bem tratada.
A alegria é a maior qualidade de uma criança, como S. Francisco somos alegres e sempre bem dispostos. A nossa alegria vai contagiar todos aqueles que convivem connosco ajudando-os a ultrapassar as tristezas e os momentos mais dificeis.
Dizer a verdade é muito importante, porque quando mentimos não nos senrimos bem connosco e no final acabamos sempre por sentir vontade de contar a verdade.